sábado, 30 de julho de 2011

Flash Mob

Permitam-me fazer uma pausa  lírica e falar de uma modalidade de arte que vem se multiplicando nos últimos anos por conta do advento da internet.  São os Chamados flah mobs ou um tipo de mobilização relâmpago que se desfaz na mesma rapidez que se constrói.  Artista, amadores ou profissionais, misturados  ao público em geral  empreendem um movimento onde dançam, cantam  e organizam um verdadeiro espetáculo  em alguns poucos minutos.  O inusitado e a discrepância com o local são grandes trunfos  pra beleza  e o esplendor artístico.
O Flash mob em questão, aconteceu na estação central de trens em Bruxelas na Bélgica com uma música do grupo inglês “Queen” . Claro, como não podia deixar de ser,  a música chama-se “Bicycle Ride” . Ela mostra como a bicicleta, e o espírito ciclista, podem ser o antídoto de uma vida de rótulos e estereótipos  massificante e massificada. Os contrapontos que a música expõe na melodia são transcritos na letra  em  forma de desafio a um mundo de ordem rígida e inexorável.  Grande lição para um tempo em que ousamos propor  esta velha, nova  mobilidade em uma bicicleta. Em tempos de atropelamento em massa,  cabe pensarmos sobre o nosso papel  em sermos  diferentes  na multidão de iguais.
No mundo se disseminam flash mobs nas chamadasbicicletadas ou massa crítica que dizem, como a música, querer SÓ andar na minha bicycle. Acho que o mundo precisa de mais arte e lirismo para entender o que significa con-viver!

“BICYCLE RIDE”
Bicycle bicycle bicycle
I want to ride my bicycle bicycle bicycle

I want to ride my bicycle
I want to ride my bike
I want to ride my bicycle
I want to ride it where I like

You say black I say white
You say bark I say bite
You say shark I say hey man
Jaws was never my scene
And I don't like Star Wars
You say Rolls I say Royce
You say God give me a choice
You say Lord I say Christ
I don't believe in Peter Pan
Frankenstein or Superman
All I wanna do is

Bicycle bicycle bicycle
I want to ride my bicycle bicycle bicycle
I want to ride my bicycle
I want to ride my bike
I want to ride my bicycle
I want to ride my

Bicycle races are coming your way
So forget all your duties oh yeah
Fat bottomed girls they'll be riding today
So look out for those beauties oh yeah
On your marks get set go
Bicycle race bicycle race bicycle race

Bicycle bicycle bicycle
I want to ride my bicycle bicycle
Bicycle bicycle bicycle
Bicycle race

You say coke I say caine
You say John I say Wayne
Hot dog I say cool it man
I don't wanna be the President of America
You say smile I say cheese
Cartier I say please
Income tax I say Jesus
I don't wanna be a candidate for
Vietnam or Watergate
Cause all I wanna do is

Bicycle bicycle bicycle
I want to ride my bicycle bicycle bicycle
I want to ride my bicycle
I want to ride my bike
I want to ride my bicycle
I want to ride it where I like

sábado, 16 de julho de 2011

Da Erótica do Desejo





Alguém já disse alhures que o erótico está no detalhe insidioso  que revela o que esconde. Erotismo é mostrar sem desvelar.  O erótico sempre transcende aquilo que percebe, é como a poesia configurando algo além do que diz. Erotismo é a percepção que transmuta-se em desejo.


  A psicanálise diz que não há desejo sem falta, mas como explicar a re-edição do desejo diante da amada presente?
Este é um segredo que só os amantes conhecem:             saber do des-conhecido.... Aquilo que não               sabemos sustenta o que já conhecemos. Não fosse      assim, não erigiríamos templos a um Deus que              não se vê,   nem  produziríamos arte em prol do            amor de alguém que não se tem. Mística e mistério        vem do grego mysterion e associam a idéia de um    mistério que sustentam nossas almas desejantes.


 
A beleza, como diria o poeta, é fundamental, é nela que o erótico lateja e por ela nos dobramos. Segundo Rollo May, a beleza é engrandecida pela experiência interior de cada um. É por isso que a beleza também é relativa. O que não se questiona é a pulsação do mistério. Essa pulsação, que não se vê, é o que nos seduz.  No universo ciclístico, mistério e desejo se misturam, pois há prazer e paixão  no que se percebe.  É verdade que a arte aprendeu o enlace do prazer, desejo e sedução naquilo que elas têm em comum: seus mistérios.




 


sexta-feira, 1 de julho de 2011