sábado, 16 de julho de 2011

Da Erótica do Desejo





Alguém já disse alhures que o erótico está no detalhe insidioso  que revela o que esconde. Erotismo é mostrar sem desvelar.  O erótico sempre transcende aquilo que percebe, é como a poesia configurando algo além do que diz. Erotismo é a percepção que transmuta-se em desejo.


  A psicanálise diz que não há desejo sem falta, mas como explicar a re-edição do desejo diante da amada presente?
Este é um segredo que só os amantes conhecem:             saber do des-conhecido.... Aquilo que não               sabemos sustenta o que já conhecemos. Não fosse      assim, não erigiríamos templos a um Deus que              não se vê,   nem  produziríamos arte em prol do            amor de alguém que não se tem. Mística e mistério        vem do grego mysterion e associam a idéia de um    mistério que sustentam nossas almas desejantes.


 
A beleza, como diria o poeta, é fundamental, é nela que o erótico lateja e por ela nos dobramos. Segundo Rollo May, a beleza é engrandecida pela experiência interior de cada um. É por isso que a beleza também é relativa. O que não se questiona é a pulsação do mistério. Essa pulsação, que não se vê, é o que nos seduz.  No universo ciclístico, mistério e desejo se misturam, pois há prazer e paixão  no que se percebe.  É verdade que a arte aprendeu o enlace do prazer, desejo e sedução naquilo que elas têm em comum: seus mistérios.




 


Um comentário:

  1. Caro Felipe,

    o erotismo acompanhado de bicicleta é motivo de uma ótima reflexão. Assim como nas mulheres da postagem, há um estímulo enorme ao erotismo, as bicicletas trazem um fetiche complementar.
    Cumprimentos!

    Um abraço,

    Garin

    http://norberto-garin.blogspot.com

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